https://securepubads.g.doubleclick.net/gampad/adx Jornal Fique Sabendo Bom Despacho : Biogás que vem dos aterros pode gerar eletricidade para 1,5 mi de pessoas

quarta-feira, 6 de março de 2013

Biogás que vem dos aterros pode gerar eletricidade para 1,5 mi de pessoas


A equação seu lixo + destinação em aterro sanitário + conversão do metano em biogás pode ser = a eletricidade para 1,5 milhão de pessoas. A conta está presente no Atlas Brasileiro de Emissões de GEE e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos, estudo realizado pela Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), lançado na quinta-feira, 28 de fevereiro.

São 280 megawatts (MW) que podem ser produzidos a partir do aproveitamento do biogás, o metano obtido através da decomposição do lixo. Este gás de efeito estufa, aliás, é um dos mais nocivos ao meio ambiente, segundo os especialistas, por ter poder de destruição 21 vezes maior ao do dióxido de carbono (CO2), que é mais abundante.
Mas para que esse potencial se transforme efetivamente em energia, ainda é necessário um investimento de quase R$ 1 bilhão, segundo o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. A estimativa foi feita com base no custo de US$ 5 milhões (R$ 9,87 milhões) para instalação de uma planta média, com capacidade de geração de 3MW.

"Um dos objetivos desse atlas é estimular que os negócios do setor sejam desenvolvidos. A ideia é incentivar tanto o investidor a implantar e operar a geração de energia, como também incentivar os órgãos de governo a estimular essa energia a partir do lixo, como foram estimuladas outras fontes de energia, como a eólica", exemplificou Dias Filho ao Estadão.

Destinação inadequada

O estudo, realizado com apoio da EPA (Environmental Protection Agency, a agência ambiental dos Estados Unidos) e da Global Methane Initiative, mostra o potencial de aproveitamento do lixo no Brasil, que em 2011 gerou 198 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia.

São 62 milhões de toneladas ao ano, das quais 11% não chegam sequer a ser coletadas, e outros 41% (75 mil toneladas diárias) ainda têm destinação inadequada, indo parar em lixões ou aterros sem condições seguras de proteção ao meio ambiente.

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