Na avaliação do secretário de
Agricultura, Pedro Leitão, esses valores indicam crescimento do preço médio dos
principais produtos do agronegócio. “Estamos num momento favorável para
as exportações, não só em relação ao setor, mas também em relação à valorização
do preço do minério de ferro no mercado mundial”, afirma Leitão.
Em
relação às receitas obtidas, os produtos que registraram maior crescimento em
janeiro foram açúcar, totalizando US$ 50,4 milhões (+61,9%); carnes, que
alcançaram US$ 76,9 milhões (+34,1%); e o café, que totalizou US$ 334,7 milhões
(+28,4%).
Valorização
dos preços
Principal
produto do agronegócio do estado, o café apresenta tendência de aquecimento nos
preços neste ano. Segundo a analista da Superintendência de Política e Economia
Agrícola da Seapa, Manoela Teixeira de Oliveira, a safra 2017 terá volume
inferior devido à bienalidade negativa (característica da cultura que alterna
safras altas e baixas).
“Outro
fator que tem influenciado positivamente os preços são os estoques mundiais,
que se encontram em nível inferior aos registrados nos últimos quatro anos.
Países que também são importantes produtores, como o Vietnã e a Indonésia, têm
previsão de redução da oferta, enquanto há uma estimativa de crescimento do
consumo mundial”, explica a analista da Seapa.
O
ano também se inicia favorável para o segmento das carnes. No ano passado, este
grupo ocupou o quarto lugar na pauta das exportações do agronegócio e, em
janeiro deste ano, já se apresenta como o segundo mais importante da pauta
(atrás do café), com faturamento de US$ 77 milhões.
“A
expectativa é de que o ano seja favorável para o setor devido à abertura dos
Estados Unidos para a carne in natura brasileira, que acabou atraindo a atenção
de grandes países importadores (como, por exemplo, Canadá, México, Coreia do
Sul e Indonésia) para a nossa produção”, explica Manoela Teixeira.
Os
principais países importadores do agronegócio do estado no período foram
Alemanha, totalizando US$ 82,7 milhões e 14,1% do volume exportado; EUA, que
registraram US$ 63,8 milhões (10,8%); China, com US$ 48,3 milhões (8,2%), e
Itália, alcançando US$ 42,4 milhões (7,2%). Estes cinco países representam
40,3% do total exportado.
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