A Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) aprovou a reserva de vagas para negros, indígenas e pessoas com
deficiência nos programas de mestrado, mestrado profissional e doutorado. A
medida valerá para os processos seletivos realizados a partir de 2018.
Divulgada pela instituição, a aprovação das cotas foi decidida por unanimidade
pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), órgão composto por
docentes, representantes de estudantes e de servidores técnico-administrativos.
Também foi autorizada a criação de uma comissão permanente para acompanhar a
medida.
De
acordo com a proposta aprovada, os programas de pós-graduação deverão separar
entre 20% e 50% das vagas para candidatos que se autodeclararem negros, o que,
segundo os critérios utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), inclui pretos e pardos.
Os
cursos também deverão ter uma vaga suplementar para indígenas e outra para
pessoas com deficiência. Os processos seletivos deverão sofrer adaptações para
atender, por exemplo, a necessidades de indígenas que não dominam a língua
portuguesa e de surdos que demandam tradução para a Língua Brasileira de Sinais
(Libras).
A
medida adotada pela UFMG não é inédita. Em 2015, a Universidade Federal de
Goiás (UFG) foi a primeira
instituição pública de ensino do país a adotar cotas
na pós-graduação. A reserva de vagas em cursos de mestrado e doutorado também
já é realidade nas universidades federais da Bahia (UFBA), do Espírito Santo
(UFES), do Piauí (UFPI), de Mato Grosso (UFMT) e de Alagoas (UFAL), entre
outras.
Ag. brasil
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