O comércio deve contratar 74,1 mil
trabalhadores temporários neste final de ano, segundo projeção divulgada hoje
(8) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O
Natal deverá movimentar R$ 34,9 bilhões, um aumento de 5,2% em relação ao ano
passado, a maior variação desde 2013.
A projeção anterior divulgada pela
CNC era de crescimento de 4,8%, mas foi revisada porque, segundo a
confederação, o cenário de inflação baixa, queda de juros e retomada do emprego
nos últimos meses deve melhorar os resultados do setor este ano. “O cenário
para o comércio está bastante positivo para o curto prazo. O comércio
interrompe dois anos de queda”, disse o economista-chefe da Divisão Econômica
da CNC, Fábio Bentes.
De acordo com o economista, a revisão
para cima da perspectiva de vendas para o Natal também levou em conta o efeito
do pagamento do décimo terceiro salário e não apenas da demanda.
Este ano, por causa da crise
econômica no país, os varejistas adiaram a temporada de oferta de vagas, que
geralmente ocorre entre setembro e novembro, para dezembro. As expectativas, no
entanto, são positivas, e a taxa de efetivação dos temporários deve crescer
para 30%. Em 2015 e 2016, apenas 15% dos trabalhadores temporários foram
efetivados após o Natal. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro
deverão concentrar 47% das contratações.
Em relação às vendas, os segmentos de hiper e supermercados (R$ 11,8
bilhões), lojas de vestuário (R$ 9 bilhões) e de artigos de uso pessoal e
doméstico (R$ 5,1 bilhões) deverão responder por 74% do faturamento das vendas
natalinas deste ano. Em termos relativos, o maior aumento nas vendas deverá
ocorrer nas lojas de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 17,8% na
comparação com 2016.O salário médio de admissão deverá ter aumento real de 3,8%
na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando R$ 1.185. O maior
pagamento deve ser oferecido no ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e
cosméticos (R$ 1.430), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos
de informática e comunicação (R$ 1.392). No entanto, estes segmentos devem responder
por apenas 2% do total de vagas oferecidas para a temporada.
Em termos relativos, o maior aumento
nas vendas deverá ocorrer nas lojas de móveis e eletrodomésticos, com
crescimento de 17,8% na comparação com 2016. Segundo Bentes, o crescimento das
vendas neste setor reflete “um importante da suavização das prestações”, por
causa da queda de juros. “Com a renda relativamente estabilizada e aumento do
emprego, encaixar prestação no orçamento em 2017 ficou menos difícil do que nos
últimos dois anos”.
O economista da CNC ressaltou que as
expectativas de crescimento este ano caminham no mesmo sentido das demais datas
comemorativas do varejo. “E todas as datas, desde a Páscoa, têm fechado com
leve alta depois de dois anos de fortes quedas. E no varejo do Natal deste ano,
deve acontecer isso também”.
Ag. Brasil
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