Cobertura vacinal atual no país é de 65,4%
Mesmo com a campanha anual de vacinação em andamento, muitas pessoas não têm comparecido aos postos de saúde para receber o imunizante o que resulta no aumento de mortes pela doença. Segundo a Fiocruz, a gripe levou à óbito mais de 1.700 brasileiros somente nos primeiros dois meses de 2022.
Desde julho o Ministério da Saúde prossegue com a campanha de vacinação contra a gripe. Todas as pessoas a partir de 6 meses de idade, em todo o país, ainda podem se vacinar contra a gripe enquanto durarem os estoques da vacina contra Influenza.2
A meta de vacinar 90% do grupo prioritário, composto por crianças entre seis meses a menores de cinco anos, idosos acima de 60 anos, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas e professores, não foi atingida, com a cobertura vacinal tendo alcançado 65,4% até 29 de agosto.2 Em 2021, a campanha nacional de vacinação contra a Influenza teve uma adesão de 72,1% do público-alvo, abaixo da meta de 90% de cada população prioritária, de acordo com dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).3
Segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), há um crescimento de 168,9% no número total de casos de gripe comprovados em laboratório no Brasil nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022 (do início de janeiro à primeira semana de julho de 2022) comparado com o número de casos com comprovação laboratorial no mesmo período do ano passado. 1
No total, foram 7174 casos nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022 ante 2668 no mesmo período de 2021 na somatória dos números de todas as unidades da federação e do Distrito Federal. 1 Levando em conta a soma de todos os casos de influenza notificados nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022, a alta é de 150,8%, com 4953 casos ante 3284 no mesmo período em 2021. 1do em Em Minas Gerais, especificamente, este percentual chega a 236% em relação ao ano passado. em 2021, o número de casos foi de 157 e este ano, 528.
Dra. Sheila Homsani
Diretora médica de Vacinas na Sanofi
“Esses números são preocupantes. Após o relaxamento das medidas de proteção, como o uso de máscaras e o distanciamento social, observamos no início de 2022, fora do período habitual, um retorno da circulação de Influenza no Brasil, confirmando sua imprevisibilidade. Apesar de julho ter sido um mês de temperaturas mais quentes do que o habitual4, mesmo em uma estação normalmente mais fria, ainda estamos na metade da estação de inverno, quando historicamente há um aumento de casos de gripe. Por isso, é recomendado que as pessoas dos grupos prioritários sejam imunizadas. A vacinação é, comprovadamente, a forma mais eficaz de prevenir a gripe e suas complicações.”
Por que se vacinar todos os anos?
Vale destacar que é fundamental tomar a vacina contra a gripe anualmente,5 uma vez que a vacina incluindo a cepa Darwin de H3N2, que foi a que causou o surto entre novembro de 2021 e o início de 2022, só chegou ao Brasil a partir de março deste ano. A atualização das vacinas é feita anualmente conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). 6 Para a temporada de 2022-2023 a composição da vacina recomendada pelo OMS ao Hemisfério Norte é a mesma para o Hemisfério Sul.7
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) atualizou recentemente as orientações do seu calendário de vacinação para influenza.9 Em situações epidemiológicas de risco, uma segunda dose da vacina Influenza pode ser considerada no mesmo ano, a partir de 3 meses da primeira dose, especialmente para idosos e pessoas com comorbidades (em especial imunodeprimidos). 10
Grupos de risco
A gripe é uma doença respiratória aguda causada pelo vírus Influenza. A doença afeta todos os grupos etários, mas os grupos com maior risco de complicações são gestantes, crianças com idade inferior a cinco anos, idosos, pessoas com comorbidades, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde. 10
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, todos os anos, de 5% a 10% da população mundial seja infectada pelo vírus. Também anualmente, de acordo com a entidade, são notificados no cerca de 1 bilhão de casos da doença, dos quais 3 a 5 milhões são graves e entre 290.000 e 650.000 evoluem para o óbito. 11
Por isso, importante ressaltar que a proteção da vacina contra gripe vai além da própria gripe. Ela é fundamental para a redução de óbitos, bem como para evitar o ingresso de pacientes em UTI e hospitalizações por pneumonia em pessoas com diabetes, podendo reduzir o risco de óbito em 46% de acordo com uma análise agrupando resultados de 6 estudos. 12 Uma outra pesquisa incluindo 2650 idosos com diabetes (65 anos e mais) vivendo em instituições de longa permanência na Espanha, apontou que a cada 435 idosos com diabetes vacinados em um ano, um óbito foi evitado. 13
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