https://securepubads.g.doubleclick.net/gampad/adx Jornal Fique Sabendo Bom Despacho : MOZART FOSCHETE

MOZART FOSCHETE


                          Mozart Foschete


Coluna do Chantecler – crônicas do cotidiano

GOOD LUCK, MISTER PALOV!

(Boa sorte, senhor Palov!)

Meus caros, raros e fieis leitores,

 Esta crônica eu já a divulguei no facebook há uns 3 u 4 anos atrás. Mas como há alguém que não a leu, estou republicando-a. 
Gosto demais de cinema. Quando eu morava em Brasília, eu costumava ir ao Cine Cultura – com quatro Salas – uma ou até duas vezes por semana pra assistir o que tivesse passando. Às vezes vou até mais vezes. Não gosto de ficar em casa à noite assistindo os noticiários, a maioria dados de forma distorcida. Assistir o noticiário da TV Globo, então, me dá até azia. Ouvir a voz do monotônica do Bonner é pior ainda. Me dá vômito, acreditem. 

Mas voltando à questão de meu gosto por filmes: outro dia (e põe dia nisso) eu assisti na Netflix um filme que eu chamaria de filmaço: “O Primeiro Homem” – que narra a história de Neil Armstrong – o primeiro homem a por os pés na lua. História linda, de trazer lágrimas aos olhos dos espectadores. Ainda mais no meu caso que, não me envergonho de dizer, sempre me emociono demais quando a cena é bem feita. 

 Depois que vi o filme, eu li uma história muito interessante e até jocosa que teria acontecido com o Neil Armstrong e que não é mostrada no filme e, como verão mais abaixo, por razões óbvias. E já lhes conto o caso.

 Não sei quantos de vocês já eram gente grande quando o primeiro homem desceu da nave e caminhou pela lua. Este primeiro home era, claro, o nosso astronauta Neil Armstrong. A cena, transmitida para o mundo inteiro, foi deveras emocionante. Ele pulava, quase voando, porque a gravidade na lua é bem menor que a da terra (os físicos que me desculpem se eu estiver falando bobagem). Todo mundo se divertia com a alegria contagiante do astronauta que saltitava pra lá e pra cá como uma criança brincando na neve. Cenas deveras maravilhosas.

Até aí tudo bem. Mas o que eu li depois foi que, quando o Armstrong voltou pra nave e fez aquela famosa declaração “Um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade!” – ele completou em seguida: “-Good luck, Mister Palov!” – quer dizer: “-Boa sorte, senhor Palov!”

 No momento, ninguém entendeu ou prestou atenção nessa frase do astronauta. Depois, revendo as filmagens, foi que os jornalistas se deram conta da frase e foram atrás de Neil Armstrong para ele explicar o que ele quis dizer com aquela mensagem. A quem ela seria dirigida? Por que ele teria dito aquilo naquele momento em que o mundo estava de olhos pregados na nave espacial? Uma frase aparentemente sem sentido e totalmente fora do contexto daquele evento tão emocionante. 

Armstrong, no entanto, sempre fazia mistério. Se esquivava das perguntas e nunca quis respondê-las. Nem mesmo para a alta direção da NASA ele se dispôs a explicar a razão da frase. Sempre repetia que a frase não tinha qualquer significado e nem era dirigida a ninguém em especial. O importante, ele repetia, é que, com a caminhada dele pela lua, a humanidade tinha dado um grande salto pra frente, tecnologicamente falando.

O tempo passava e Neil Armstrong continuava o centro das atenções. Afinal, fora o primeiro homem a pisar na lua – um feito de muito risco e coragem. Fazia palestras em associações de classe e em universidades, sempre sobre o tema: A aterrisagem na lua. E em todas as ocasiões, vinham as eternas perguntas: -O que você quis dizer com a aquela misteriosa frase: “-Good luck, mister Palov! Quem era o senhor Palov?”

Até que, passados uns poucos anos, ao dar uma palestra numa Universidade de Cincinatti, em Ohio, e diante da pressão dos alunos sobre a mesma questão, Armstrong respondeu: “-Bem, agora, eu já posso explicar aquela frase que eu disse quando reentrei na nave, voltando da lua e que tanta celeuma tem causado em todas as ocasiões como esta. Vamos acabar de vez com esse aparente mistério. Na realidade, a verdade é muito simples: certa vez, quando eu era criança com uns 11 anos, lá na minha cidade do interior – Wapakoneta, Estado de Ohio -, eu estava jogando bola com uns amigos na rua quando a bola caiu no quintal de um casal de russos, vizinhos nossos. O nome do marido era Palov. Sorrateiramente e com muito cuidado, pulei o muro pra buscar a bola. Ela estava no chão, debaixo da janela do quarto do casal. Quando me abaixei pra pegar a bola, eu ouvi a senhora Palov dizendo pro seu marido: “-Sexo anal? Você está doido? Só quando o homem puser os pés na lua!” Ela nunca imaginaria que um dia o homem pisaria a lua!

“-Entenderam a razão da frase?” concluiu Armstrong. 

As gargalhadas foram gerais. O senhor e a senhora Palov já haviam falecido. 
Simples assim.

Chantecler.

4 comentários:

  1. Meu Deus... Obrigada pelo primeiro presente do nosso dia!!! Adorei cada frase e fui conversando com vc a cada palavra. Gostaria de dar pitaco, com concordando e agradecendo a cada palavra, mas ao afinal teria escrito um outro texto. Portanto fica aqui o meu simples obrigada por todo o texto e em especial ao nosso dia.

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  2. Estimado e admirável amigo Mozart, triste e desanimadora constatação: sempre soube que os políticos no formato atual existem apenas para atender seus próprios interesses e carreira política, excelente abordagem e proposta. Utópica a pretensão, porém, penso que, infelizmente, qualquer mudança só ocorrerá pelo rompimento institucional, pois a alternativa de mudança de mentalidade no formato da composição parlamentar nunca ocorrerá por decisão democrática...,eis que, conforme bem abordado no seu artigo, vai contrariar interesses daqueles que não largam a teta...

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  3. Em 2010 houve uma capitalização histórica na Petrobrás (emissão de ações novas adquiridas por investidores por 70 bilhões de dólares, um recorde mundial) para investimentos no pré-sal (governo não tinha o dinheiro para isso).
    Quem comprou Petrobrás ON (ordinárias) pagou R$ 29,65; PN (preferenciais) pagou R$ 26,30, isso em 2010.
    Com o petrolão o ticker PETR4 deu prejuízo de 22 bilhões em 2014, 35 bilhões em 2015, 13 bilhões em 2016. Pagou bilhões de dólares para encerrar processos nos EUA por causa da corrupção e falhas de governança.
    Nesse tempo as cotações das ações chegaram a valer R$ 4,24 (ON) e R$ 3,03 (PN), prejudicando muita gente que investiu na capitalização com FGTS (a regra no Brasil é achar que investidor é milionário, megaespeculador, aproveitador, quando muitos são pequenos investidores individuais fugindo dos péssimos produtos empurrados por bancos).
    A partir de 2017 voltou a operar com lucro, mas o PAYOUT (parcela do lucro líquido para remunerar acionistas) foi nula de 2014-2017 e continuou bem baixa até 2020. Em 2021 e 2022 tem havido lucros históricos e proventos têm sido pagos aos acionistas, sobretudo ao Governo Brasileiro, acionista majoritário (deveria usar esse dinheiro para bancar contrapartidas sociais, mas tem preferido falar contra os acionistas). Nos últimos 12 meses o Dividend Yield chegou a 40,47% ou R$ 11,55 por ação (que custa hoje R$ 28,53).
    Em suma, apareceu um dinheirinho após um prejuízo histórico aos investidores que os "fôrmas de fazê lubisomi" do governo começarem a culpar os investidores, quando o próprio governo fica com a maior parte da grana.
    Aliás, é bom lembrar que o perfil do investidor brasileiro está mudando, com cada vez mais pessoas físicas abrindo conta em corretora e comprando ações, fundos imobiliários, BDR's, ETF's. Hoje os investidores CPF são 5 milhões; em 10 anos isso deve mais que dobrar, já que os bancões pensam nos pequenos investidores como público tomador de empréstimos e pagador de altas tarifas e juros.

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  4. O professor Mozart é muito didático. Sempre falo que as aulas de economia do professor Mozart qualquer pessoa entende. Aproveito a oportunidade para parabenizar o professor Mozart pelo dia do professor.

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