A PETROBRÁS É
NOSSA! “NOSSA QUEM”, CARA PÁLIDA?
Meus caros,
raros e fieis leitores,
Ando
meio sumido, eu sei. Um pouco por falta de tempo e muito por pura preguiça.
Mas, hoje, amanheci um pouco mais disposto e resolvi mandar meu recado para
vocês antes que vocês se esqueçam de mim.
Estou
me especializando em abordar assuntos controversos. Na semana passada, escrevi
uma crônica sobre a extinção do jacaré do papo amarelo e do mico-leão-dourado e
sobre a exagerada (na minha opinião) proteção ambiental em nosso País. O
assunto é bastante polêmico e, claro, como era de se esperar, causou as mais diversas reações.
Alguns me criticaram veemente. Acham que todo animal tem de ser preservado,
seja ele um rinoceronte, um hipopótamo, uma cascavel ou um escorpião. Eu só
queria deixar claro que, ao contrário do que esses meus críticos afirmaram, eu
não defendi nem defendo a extinção de animais e bichos, por mais selvagens e
inúteis que sejam. Eu apenas não vejo razão para tanta preocupação com o fato
de que alguns deles estejam em extinção. Não farão falta para a vida dos
humanos nesse planeta. Os dinossauros se foram e nem por isso a terra se tornou
um lugar pior pra se viver. Mas, acreditem ou não, as manifestações de apoio às
minhas teses foram em muito maior número
que as de desaprovação.
Antes
dessa eu havia escrito uma crônica com o título de “LULA – O POSTE” e que
também andou provocando reações de apoio mas, também, algumas negativas por
parte das pessoas da esquerda que, à falta de um argumento lógico,
quiseram me ofender me chamando de
“direitista”, “fascista”, “bolsominion” e outros adjetivos impublicáveis. Não
ligo muito para isso mesmo porque muitos
nem sabem o que é ser “fascista”.
Alguns
amigos meus mais próximos têm me dito que eu deveria ser mais comedido e evitar
escrever sobre temas polêmicos que, às vezes, causam desgastes desnecessários para mim. Dizem-me
que eu me exponho demais sem ganhar nada em troca.
Pode
ser que eles tenham razão. Dentro de minhas limitações intelectuais, sempre fui
uma pessoa de opiniões e nunca as escondi. Especialmente nas salas de aula das
universidades por onde lecionei – local ideal para o debate de ideias.
Agora
mesmo estava para escrever um artigo com o título desta crônica, defendendo a
privatização da Petrobrás. Querem assunto mais polêmico do que este?
Sinceramente, como liberal que sou, não vejo absolutamente nenhuma razão para a
não privatização desta empresa. Dizer que a Petrobrás é nossa é a maior das
balelas. “Nossa” quem? Eu não ganho nada, absolutamente nada com a Petrobrás
sendo, como se diz, do Governo. Aliás, a bem da verdade, não é. Apesar de ser o
acionista majoritário, o Governo não manda nada nela. A não ser o fato de poder
nomear seu presidente. E como tem nomeado presidentes o atual governo. Todos
uns fantoches. O pretexto são os contínuos aumentos dos preços dos combustíveis
– como se o presidente da empresa tivesse o poder de impedi-los. Não tem. Nem
ele nem o próprio governo.
Pela
lei das empresas estatais (Lei nº 13.303/16), a Petrobrás deve ser gerida com
eficiência, evitando a todo custo prejuízo aos seus acionistas. É por isso que
a Petrobrás acompanha os preços internacionais do petróleo. Se não acompanhar,
sua diretoria e seu Conselho de Administração poderão ser responsabilizados por
eventuais prejuízos causados aos acionistas – especialmente os do setor
privado. O mesmo se pode dizer com relação ao governo se este decidir
“congelar” os preços dos combustíveis.
Neste
contexto, não se pode dizer que a Petrobrás é um patrimônio do povo brasileiro.
Não é. Ela é de seus acionistas, de seus diretores e conselheiros (com salários
altíssimos), do sindicatos dos petroleiros e ainda se constitui num grande cabide
de empregos políticos. Sempre foi assim.
E
já que o governo não tem o poder de congelar os preços dos combustíveis, eu até
defendo a criação de um imposto especial sobre os lucros extraordinários e
exorbitantes que a Petrobrás está tendo não por aumento de sua eficiência
produtiva mas principalmente porque está se beneficiando exageradamente de uma
situação conjuntural internacional para a qual ela não contribuiu em nada.
A
verdade é que, se ela fosse privatizada, o governo teria mais controle sobre
seus preços pois, sendo monopólio, o governo tem meios legais para evitar
preços abusivos.
Mas,
podem ficar tranquilos os “nacionalistas” tupiniquins. A Petrobrás não corre
nenhum risco de ser privatizada. Pelo menos não tão cedo. E isso por duas boas
razões: primeira, porque o atual
Presidente da República, com sua formação militar, é um nacionalista e, como tal, acredita que as
empresas estatais tornam o Estado mais forte – outra balela. Suas declarações
de que pretende privatizar a empresa são apenas jogo de cena. Não pretende. Nem
tem poder para isso.
A
segunda razão: o programa do PT para o próximo governo (supondo que o Lula será
eleito) prevê não só a suspensão de todo e qualquer programa de privatização,
prevendo inclusive a reestatização de tudo o que foi privatizado no atual
governo. Tudo conforme reza a cartilha de um Partido de esquerda que se preze.
Um verdadeiro retrocesso na modernização do País. Mas, a esquerda acredita que um
Estado forte é essencial para o exercício do Poder e que só o Estado pode
resolver os problemas econômicos e sociais do País. É com essa crença que
tentarão governar nosso País.
E
contra a fé não há argumentos. Pobre País este Brasil!
Chantecler.
Meu Deus... Obrigada pelo primeiro presente do nosso dia!!! Adorei cada frase e fui conversando com vc a cada palavra. Gostaria de dar pitaco, com concordando e agradecendo a cada palavra, mas ao afinal teria escrito um outro texto. Portanto fica aqui o meu simples obrigada por todo o texto e em especial ao nosso dia.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa coluna. Dificilmente, uma proposta de EC passaria no congresso. Mas, de toda forma é uma solução.
ResponderExcluirEstimado e admirável amigo Mozart, triste e desanimadora constatação: sempre soube que os políticos no formato atual existem apenas para atender seus próprios interesses e carreira política, excelente abordagem e proposta. Utópica a pretensão, porém, penso que, infelizmente, qualquer mudança só ocorrerá pelo rompimento institucional, pois a alternativa de mudança de mentalidade no formato da composição parlamentar nunca ocorrerá por decisão democrática...,eis que, conforme bem abordado no seu artigo, vai contrariar interesses daqueles que não largam a teta...
ResponderExcluirEstimado e admirável amigo Mozart, triste e desanimadora constatação: sempre soube que os políticos no formato atual existem apenas para atender seus próprios interesses e carreira política, excelente abordagem e proposta. Utópica a pretensão, porém, penso que, infelizmente, qualquer mudança só ocorrerá pelo rompimento institucional, pois a alternativa de mudança de mentalidade no formato da composição parlamentar nunca ocorrerá por decisão democrática...,eis que, conforme bem abordado no seu artigo, vai contrariar interesses daqueles que não largam a teta...
ResponderExcluirEstimado e admirável amigo Mozart, triste e desanimadora constatação: sempre soube que os políticos no formato atual existem apenas para atender seus próprios interesses e carreira política, excelente abordagem e proposta. Utópica a pretensão, porém, penso que, infelizmente, qualquer mudança só ocorrerá pelo rompimento institucional, pois a alternativa de mudança de mentalidade no formato da composição parlamentar nunca ocorrerá por decisão democrática...,eis que, conforme bem abordado no seu artigo, vai contrariar interesses daqueles que não largam a teta...
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