https://securepubads.g.doubleclick.net/gampad/adx Jornal Fique Sabendo Bom Despacho : Falando de Neurologia

Falando de Neurologia


Dr. Matheus Freitas 


 AVC


O Acidente Vascular Cerebral (AVC) também chamado de Acidente Vascular Encefálico (AVE) e popularmente chamado de derrame compreende uma patologia neurológica decorrente de algum déficit neurológico agudo decorrente da falta / interrupção de circulação sanguínea em dada área do cérebro.

Há dois tipos de AVC e cada um requer um tratamento específico. O mais comum, que responde por 85% dos casos, é o AVC isquêmico (quando há entupimento da artéria por um coágulo). O outro é o hemorrágico, presente na ruptura de um vaso sanguíneo. Em ambos, a parte do cérebro afetada não recebe o oxigênio necessário e neurônios começam a morrer.

Essa doença atinge anualmente 16 milhões de pessoas no mundo, causando seis milhões de óbitos. De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC provoca uma morte a cada cinco minutos no Brasil e mata mais do que a Aids, a tuberculose, a malária e a gripe H1N1 juntas: são cerca de 68 mil mortes por ano.

Os principais sintomas de um AVC são a paralisia súbita de um lado do corpo, perda de sensibilidade, tontura e dificuldade de visão, fala e compreensão. Se acometido por um ou vários deles, o paciente deve ser submetido a um teste simples: sorrir, levantar os dois braços ao mesmo tempo e falar uma frase simples.

Chegando ao hospital, o paciente deve ser submetido a exames clínicos e de imagem, que mostrará a localização, a extensão e o tipo do AVC. O tratamento dependerá do tipo de AVC: no isquêmico requer a dissolução do coágulo com remédios trombolíticos.

Na maioria dos casos, o AVC deixa sequelas. As principais consequências são a diminuição de força na metade do corpo (hemiparesia), dificuldade para falar e depressão. Há casos mais leves, nos quais os sintomas são quase imperceptíveis ou discretos.

O principal fator de risco para a ocorrência do AVC é a hipertensão arterial sistêmica (HAS), também chamada de pressão alta. Em seguida, vem a arritmia cardíaca, diabetes mellitus, tabagismo, colesterol alto (dislipidemia) e obesidade. Todos estes são considerados modificáveis. Os não modificáveis são a idade, a raça e a herança genética.

Desse modo, diante de uma pessoa com suspeita de AVC, leve-a imediatamente ao Pronto Socorro ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou hospital para que seja examinada e seja submetida aos exames necessários. Essa tomada de atitude quando feita de forma assertiva é fundamental para redução das sequelas ou mesmo para não tê-las. Lembre-se: tempo é cérebro !

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