O Horário de Verão 2012/2013 termina à zero hora do próximo domingo (17/2). Dessa forma, à meia-noite do sábado (16/2), os relógios deverão ser atrasados em uma hora. Em vigor desde 21 de outubro do ano passado, essa edição teve 119 dias de duração e contemplou as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, além do estado do Tocantins.
De acordo com o gerente de Operação de Geração e Transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig, Henrique Siqueira de Castro, as demais localidades das regiões Norte e Nordeste não adotam o Horário de Verão, devido à proximidade da Linha do Equador, o que faz com que a duração dos dias não apresente alterações significativas ao longo do ano. Assim, a medida tem efeito praticamente nulo nesses estados. Ainda segundo o especialista, o objetivo do Horário de Verão é reduzir a demanda de energia no País, principalmente, no horário de pico, que vai das 18 horas às 22 horas. Nesse período, a iluminação pública é ativada e as famílias retornam para casa, aumentando assim o consumo de energia elétrica com a utilização de eletroeletrônicos, chuveiros e demais aparelhos.
Desde 2008, por meio do Decreto 6.558, foram fixadas datas para seu início e término: definiu-se que, todos os anos, a medida entra em vigor sempre à zero hora do terceiro domingo de outubro e se estende ao terceiro domingo de fevereiro. No ano em que houver coincidência entre o domingo previsto para o término do Horário de Verão e o domingo de carnaval, o encerramento ocorre no domingo seguinte.
Minas Gerais
Na área de concessão da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig, verificou-se, segundo balanço preliminar, uma redução de 4% na demanda máxima, ou seja, no pico diário da carga que ocorre no período das 18 horas às 22 horas, o que corresponde a cerca de 320 MW, semelhante à redução verificada no ano passado. Essa potência equivale a:
· geração a plena carga de 2,4 usinas do porte da Usina Térmica de Igarapé (131MW);
· geração de 4,8 geradores da usina de Três Marias, também a plena carga (66 MW cada);
· 30% da carga de pico de todo o Triângulo Mineiro com seus 66 municípios;
· 15% da carga de pico da Região Metropolitana de Belo Horizonte (34 municípios e 5,4 milhões de habitantes);
· demanda de pico de uma cidade de 750 mil habitantes, população equivalente à soma das cidades de Juiz de Fora e Sete Lagoas.
No consumo, estima-se que a economia de energia registrada no Horário de Verão dos últimos dois anos tenha se mantido no período atual, chegando a 0,5%, o que representa 31 MWmed (megawatts médios). “Essa economia de energia é suficiente para abastecer a cidade de BeloHorizonte durante dez dias”, afirma Henrique Siqueira de Castro.
Para os consumidores residenciais e comerciais, a economia é percebida na menor utilização da iluminação artificial. Eles poderiam ter um consumo de até 5% a mais na fatura mensal de energia, caso não houvesse o Horário de Verão.
No Brasil
A economia no sistema elétrico interligado brasileiro, de acordo com avaliações do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, deverá ser de 4,6% de redução na demanda máxima, superando o valor de 2.555 MW, o que equivale à soma do dobro da carga de Brasília, 75% da carga de Curitiba e 75% da carga de Feira de Santana.
Já a redução do consumo de energia deverá atingir 254 MWmed, correspondentes à soma de 25% do consumo de Brasília, 10% do consumo de Curitiba e 10% do consumo de Feira de Santana. Os valores oficiais serão divulgados duas semanas após o término do Horário de Verão, pelo ONS.