Aparecida (SP), Belém do Pará, Ouro Preto e Diamantina (MG), Juazeiro do Norte (CE), Salvador (BA). Juntas, essas e outras 300 cidades movimentam cerca de U$39 bilhões do PIB brasileiro, em torno de 61,7 bilhões de reais.
O turismo religioso é responsável por uma parcela respeitável dos voos domésticos brasileiros. Por ano, cerca de 8,1 milhões de viagens são "movidas pela fé", o que representa 3,6% de todas as viagens realizadas dentro do país.
De acordo com dados do Ministério do Turismo, o número de estrangeiros que visitam o Brasil com fins religiosos é de cerca de 25 mil por ano. Esse número representa 0,5% dos embarques no país.
São pessoas interessadas em conhecer igrejas barrocas, santuários, monumentos considerados sagrados, fazer romarias e peregrinações, além de buscar a paz interior e encontrar a si próprio.
Mas essas viagens podem ajudar no desenvolvimento de comunidades do interior do Brasil. O turismo religioso de Aparecida, no estado de São Paulo, por exemplo, é um dos destinos mais procurados por fiéis no país.
A cidade, que possui população fixa de 37 mil habitantes, chega a receber cerca de 10 milhões de visitantes por ano, e esse número só cresce. De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, nos últimos três anos, o número de visitantes tem aumentado 10%, em média.
Outra cidade que está em expansão no ramo do turismo religioso é a capital baiana, Salvador. Com a beatificação de irmã Dulce, o Ministério do Turismo já destinou R$5 milhões para a construção de uma praça com o nome da freira.
O memorial já existente recebe aproximadamente 35 mil pessoas por ano, mas já vive um aumento de 70% na chegada dos visitantes, desde o anúncio da beatificação. A extimativa é que o Memorial Irmã Dulce receba 80 mil fiéis só em 2011.
Tal investimento faz parte de uma série de planos que o Ministério do Turismo tem implementado, com o objetivo de organizar a atividade nas cidades. "É preciso garantir o desenvolvimento sustentável dos destinos. Uma forma de se fazer isso é fazer ofertas complementares, para que os turistas tenham chance de conhecer outras atrações, que não só as religiosas", afirmou Sáskia Lima, coordenadora geral de segmentação do Ministério do Turismo.
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