Célio Lopes Moreira é aluno do curso técnico de administração e já faz estágio em uma empresa multinacional. Com 22 anos, ele conseguiu no 2º período de curso o que muitos estudantes demoram para alcançar: uma colocação no mercado de trabalho. Célio faz o curso gratuitamente por meio do Programa de Educação Profissional (PEP) e afirma que tornar-se um técnico pode ser uma ótima opção para quem quer começar a trabalhar. “Eu escolhi o curso técnico porque, a curto prazo, ele dá um retorno financeiro melhor que um de nível superior e pode me dar uma base para arcar com o curso de graduação que eu quiser fazer”, explica o estudante.
Segundo a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, da Secretaria de Estado de Educação (SEE), Raquel Elizabete de Souza Santos, Célio tem razão. O curso técnico é uma boa porta de entrada no mercado e o PEP, que é oferecido pela secretaria, aumenta as chances dos jovens de buscar uma vaga. “O PEP dá a oportunidade ao nosso jovem de fazer esses cursos gratuitamente e entrar no mercado de trabalho melhor preparado. O estudante que fizer o ensino médio em concomitância com o curso técnico, por exemplo, chega ao final da educação básica com maiores condições de buscar uma vaga no mercado”, analisa Raquel Elizabete.
O programa oferece, este ano, 30 mil vagas em 123 municípios mineiros. As inscrições estão abertas até sexta-feira (28) e devem ser feitas pelo ambiente virtual do PEP, no site da secretaria (www.educacao.mg.gov.br). E se depender do conselho de Ilnara Santos, todos os jovens devem pleitear uma vaga. Com 22 anos, Ilnara se formou no curso técnico em eletrônica e, como presente de formatura, ganhou também a aprovação em um concurso público. “Fiquei sabendo da aprovação na semana em que concluí o curso técnico”, conta.
Atualmente, Ilnara Santos trabalha em uma termoelétrica na cidade de Betim e ressalta a importância do PEP. “Hoje eu trabalho, porque tenho a formação em nível técnico. Foi muito importante ter conseguido fazer esse curso pelo PEP, pois não sei se teria condições de arcar com essa despesa”, explica. Depois de formada pelo curso técnico, Ilnara foi em busca de sua graduação e este ano vai concluir o curso superior em Engenharia de Controle e Automação, mas ela garante que o curso técnico foi um ponto importante de sua trajetória profissional. “Nem sempre o jovem está preparado para o curso superior assim que sai do ensino médio. O curso técnico me deu a oportunidade de conhecer melhor a área e escolher um curso superior com mais maturidade. Se eu pudesse, recomendaria a todos que fizessem um curso técnico”, conta.
Rede de oportunidades
Para Neimar Campos da Costa, o diploma do curso técnico em redes, feito por meio do PEP, garantiu uma série de boas oportunidades. Atualmente, o jovem de 27 anos trabalha em uma lan house, mas se concentra mesmo em serviços autônomos. “Se eu quisesse, poderia estar trabalhando em uma empresa, com uma carga horária de 40 horas, mas prefiro ser autônomo para aumentar minha rede de contatos e para controlar melhor meus horários”, explica.
O trabalho de um técnico em redes consiste em estruturar e gerenciar estruturas de rede de computadores nas empresas e, segundo Neimar, emprego não falta. “Toda empresa precisa de algum serviço de informática e o que eu aprendi no curso é muito amplo, não se limita só a rede de computadores. Tenho serviço a toda hora”, conta. Neimar da Costa garante ainda que o grande problema da área é o início, mas a certificação em nível técnico foi o passaporte para um posto no mercado. “Na época, eu trabalhava numa empresa e só por entrar no curso, subi três postos. O mercado na área de informática exige experiência ou capacitação e com esse curso técnico fica mais fácil começar a trabalhar”, completa.
Ag. Minas
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