O contracheque em papel está com os dias contados no Governo de Minas. Neste mês de outubro, o servidor estadual receberá, pela última vez, seu comprovante salarial impresso. A partir de novembro, ele poderá ser acessado pelo Portal do Servidor, por meio dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil e também pelo portal do banco na internet.
A medida foi adotada por três motivos: sustentabilidade, segurança e economia para os cofres públicos. A sustentabilidade é a base da iniciativa. Com o fim da emissão de cerca de 500 mil contracheques, todo mês, o governo deixará de gastar 250 mil folhas de papel A4, o que equivale a 500 pacotes deste padrão, com 2,33Kg cada.
De acordo com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), 40 kg de papel produzido equivalem a uma árvore cortada. Só com o fim da impressão dos contracheques, 365 árvores serão poupadas a cada ano, ou seja, uma árvore por dia.
A questão da segurança é outro ponto importante. O contracheque impresso já chega com atraso ao servidor, devido ao complexo sistema de distribuição. Caso o documento não seja entregue em mãos, por problemas de entrega ou postagem, a confidencialidade das informações corre o risco de ser violada.
Quanto à economia, o Governo de Minas vai deixar de gastar cerca de R$ 7 milhões por ano só com a postagem e impressão do comprovante salarial.
O contracheque no formato eletrônico poderá ser acessado de diversas maneiras. “O contracheque eletrônico já existe e é pouco usado. Ele é disponibilizado para o servidor antes mesmo do crédito em conta, ou seja, no primeiro dia de cada mês”, lembra a diretora da Superintendência Central de Administração de Pessoal, Soraya de Fátima Mourthé.
Nesta segunda-feira (10), o governo irá divulgar, no Portal do Servidor, o passo-a-passo para acessar o contracheque eletrônico. Nos caixas automáticos do Banco do Brasil, basta digitar o MASP para abrir o documento. E no portal do banco na internet, não é preciso cadastro para visualizar as informações.
“Nosso objetivo, com essa medida, é unir o útil ao agradável. O fim do contracheque impresso tem caráter sustentável, pela economia de papel gerada. E também há o alto custo para os cofres estaduais. Além disso, a informação impressa chega com atraso ao servidor. O governo trabalha sempre para otimizar os gastos públicos, e essa iniciativa vai ao encontro disso”, destaca a subsecretária de Gestão de Pessoas, Fernanda Neves.
Outros órgãos públicos, como as prefeituras de Belo Horizonte e de Contagem e também o INSS, além de inúmeras empresas da iniciativa privada no país já adotaram a medida.
Ag. Minas
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